BLOG DA PASTORA ZENILDA


Pra. Zenilda Reggiani Cintra
As opiniões deste blog refletem a minha visão e não, necessariamente, a de outras pastoras da CBB.
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terça-feira, 14 de abril de 2009

NOVAS PASTORAS - POR QUE PAROU?

O Vital (editor do Informativo Batista) costuma escrever que eu demoro para entender certas coisas. Às vezes acho que ele tem razão. Demorou para cair a minha ficha de que a OPBB tinha engessado todo o processo de recebimento de novas pastoras na Ordem.

Desde 1999, as igrejas da CBB vinham ordenando pastoras. Em 2004 eu comecei o levantamento das pastoras no Brasil. Queria saber quem elas eram e onde estavam. Chegamos ao número de 83 pastoras. Agora em julho, completarão 10 anos da ordenação da primeira pastora, a Pra. Silvia da Silva Nogueira, em SP.

Até 2007, as secções da OPBB tinham autonomia para conduzir o concílio e aceitar o ingresso das pastoras de acordo com a decisão local. Em janeiro de 2006, a OPBB solicitou as suas então 31 secções que debatessem o assunto filiação de pastoras. Pelo que me consta, o debate não ficou só se a Ordem aceitaria filiação de pastoras ou não. O debate, em muitas secções, foi para a questão se era bíblico ou não a ordenação de mulheres, inclusive com votação. As pastoras de até então foram excluidas de qualquer processo, qualquer diálogo, qualquer consulta.

Votaram favoravelmente ao ingresso de pastoras: Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Carioca, Fluminense, Ceará. Há ainda o DF e Santa Catarina, que tenho a impressão que também votaram favoráveis. Não tenho certeza absoluta com relação a esses dados, porque não há nada publicado e as informações não são divulgadas. Se alguém corrigir esses dados, agradecerei.

Em janeiro de 2007, em Florianópolis, a OPBB decidiu não aceitar o ingresso de pastoras. Além de não aceitar novas pastoras, as mulheres já aceitas pelas secções foram excluidas automaticamente. Em 2008, em São Luis, a OPBB votou a carteira unificada, isto é, expedida pela OPBB "nacional"e a revogação das demais carteiras. Isso significa que as pastoras já recebidas pela Ordem não poderão renovar suas carteiras à medida em que forem vencendo.

Foi no I Encontro de Pastoras, em Brasília, DF, no dia 18 de janeiro, que tive a consciência exata do que estava acontecendo. Aliás, naquele Encontro, tive uma dor de cabeça terrível, que começou pela 4h da manhã e só foi passar realmente na segunda-feira. Na hora do Encontro, apesar de todos os remédios, estava com uma enxaqueca terrível (poucos sabem disso). Na hora, à medida que o Pr. Juracy Bahia falava, ia tomando uma consciência real da situação. Tive que colocar em alguns momentos outras pastoras para falarem porque não tinha condições. Que tristeza! Mas Deus me fez fraca naquela hora para me mostrar que é ele que é forte, capaz de fazer aquele momento histórico acontecer e é ele quem vai mudar a realidade.

Tudo foi muito bem articulado politicamente e desenvolveram todas as estratégias para não permitir o ingresso de pastoras de nenhuma forma.

Algumas alternativas são colocadas diante das pastoras:

  1. Organizar uma ordem de pastoras
  2. Organizar uma ordem mista, que seria composta de pastores e pastoras
  3. Entrar com um processo na justiça contra a OPBB por discriminação e revogação de direitos adquiridos
  4. Esperar indefinidamente pela decisão da OPBB
  5. Incentivar para que a OPBB libere suas secções para o ingresso ou não de pastoras de acordo com a decisão local
  6. Investir em uma mudança de mentalidade da liderança, instituições, igrejas e pastores da CBB, para que haja um movimento positivo da denominação em favor da aceitação das pastoras em todos os âmbitos;
  7. Esquecer OPBB e denominação e cada uma trabalhar com sua igreja, como muitas vêm fazendo, de maneira isolada e independente

Que caminho tomar?
Perguntas:

1. Até quando se ignorará a realidade das pastoras?
2. O que será feito com as pastoras que foram aceitas e têm suas carteiras da Ordem?
2. Como ficam as Ordens que convivem bem com suas pastoras. Há lugares onde as pastoras pertencem à diretoria da Ordem; outras em que as pastoras fazem parte da diretoria da Convenção Estadual.
3. Como ficam as mulheres formadas por nossos Seminários, ordenadas pelas igrejas, não aceitas pela OPBB, que é um órgão auxiliar da CBB, que serve às igrejas. Invertemos a Ordem?

7 comentários:

  1. Graça e Paz,

    Eu fui agraciada com um sêlo de reconhecimento e lhe indiquei para recebe-lo também. Dê uma passadinha em meu blog e confira, espero que goste e aceite.

    Jesus lhe fortaleça.

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  2. Olá Zenilda, como esta??

    Soube do seu blog e resolvi passar por aqui...

    Estou em Vitória -ES.

    Gostaria de entrar em contato com vc.

    Pr. Perereu (marcosxmartins@yahoo.com.br)

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  3. Olá Zenilda, Sou Ronny Clayton, aprendi a admirar a Sra e também o Pastor Fernando, o que mais me assusta nessas posturas da OPBB, é que ainda continuamos a enviar missionárias para os campos, elas pregam, visitam, aconselham, expulsam demonios, muitas vezes solitárias e esquecidas por meses no campo. E a pergunta é simples, essas mulheres são Pastoras? sim são! é ridiculo! Enquanto o mundo corre os Batistas Brasileiros apenas caminham a passos de tartaruga manca e com febre!

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  4. que bençao ter mais ,pastoras pra juntas saquear o inferno e povoar o ceu abraço pastora ,jesus abençoe sempre
    pastora cida mota
    igreja quadrangular ,bairro coqueiros 1
    belo horizonte

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  5. sim, Pra! sou seminarista do 6º período e estive no "1º congresso Nacional de Vocacionados", realizado pela OPBB. Realmente, é difícil acreditar que no meio de 37 pessoas, eu estava como única mulher a participar do centro de desafios ao ministério pastoral, dirigido pelo Pr. Juracy Bahia. a posição dele é exatamente esta: a de que nunca seremos aceitas na OPBB.
    outra sugestão que tive no Seminário foi de mudar de denominação. Visto isso, sabe o que penso?
    Deus sabe porque nos chamou,Ele é o dono da obra e Ele dará a Palavra final sobre o assunto. Não creio num Deus tão perverso a ponto de vocacionar pessoas que não possam exercer sua vocação.
    Louvo a Deus pela sua vida e pelo que Ele tem feito através dela. Continuemos trabalhando sempre! A Seara é grande demais!
    Um abraço.
    Raquel

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  6. Olá Raquel
    Fico feliz msm pq vc atendeu o chamado de Deus.
    Quanto a não sermos aceitas pela OPBB, muitos achavam tb que as pastoras aceitas até 2007 não teriam revalidados os seus ingressos na OPBB. No entanto, em Cuiabá, elas foram aceitas e hj já temos pastoras na OPBB. Então, nós confiamos no Senhor.
    Um abraço carinhoso.

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  7. ONDE POSSO ENCONTRAR A PASTORA Silvia da Silva Nogueira?, Meu nome é: Donizete Macedo, eu era membro da pib. em Campo Limpo-SP. Capital, quando da ordenação dela, e agora gostaria de retornar o contato para saber como ela está!
    obrigado

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