BLOG DA PASTORA ZENILDA


Pra. Zenilda Reggiani Cintra
As opiniões deste blog refletem a minha visão e não, necessariamente, a de outras pastoras da CBB.
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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

1/3 DOS PASTORES DE SÃO PAULO SÃO FAVORÁVEIS ÀS PASTORAS

No dia 08 de janeiro de 2015, os pastores de São Paulo decidiram pela não filiação das pastoras por 301 votos contra 164. Foram 28 de 48 subseções que realizaram a votação. Onde estão as demais?

Alguém escreveu: "Com isso, encerramos esta página". Digo eu: Por enquanto! Porque o assunto não está resolvido e não estará enquanto as pastoras não forem tratadas com justiça e equidade.


Os votos não decidiram a consagração de mulheres ao pastorado, mas a filiação. As igrejas de São Paulo continuarão a ordenar pastoras. Que fique bem claro.

O Processo de Votação em São Paulo

A OPBB de São Paulo "editou" a compreensão do Parecer e aprovou um Plebiscito (http://goo.gl/ymR6LE) em suas subseções. Os pastores votaram em cada subseção, em sua própria região. No Retiro Anual, que aconteceu no Acampamento de Sumaré, referendaram o plebiscito das seções.

Se a votação da seção foi o resultado de um Plebiscito, então cada grupo considerado deveria ter seguido os mesmos critérios exigidos para a decisão, que devem ser, segundo o Parecer: 

PARECER DO CONSELHO DA ORDEM DOS PASTORES BATISTAS DO BRASIL 

O Conselho da Ordem dos Pastores do Brasil traz o seguinte parecer quanto à filiação de pastoras:
A) que cada seção decida em Assembleia específica, com escrutínio secreto, devidamente convocada para esse fim, se aceita ou não pastoras em seu quadro.
B) no caso de aceitação, que se obedeça aos preceitos estatutários concernentes a filiação estabelecidas no estatuto e no regimento interno da OPBB.
João Pessoa, 22 de janeiro de 2014.


Então, as perguntas são: 
- cada subseção convocou uma assembleia especifica para a votação?
- as votações foram por escrutínio secreto? Esse é o ponto mais grave, na minha visão. O resultado da votação foi encaminhado com a lista de presença dos pastores votantes, comprometendo a independência da votação e constrangendo os pastores nas seções, como do Grande ABC, onde a liderança é contra pastoras.
- a assembleia realizada em Sumaré foi especialmente convocada para a decisão sobre a filiação de pastoras?

Se essas perguntas não forem respondidas afirmativamente essa decisão pode ser invalidada.

1/3 dos Pastores em São Paulo são Favoráveis à Filiação das Pastoras

A votação demonstrou que o Estado NÃO É UNÂNIME contra pastoras como alguns se ufanavam. 1/3 da Seção já é favorável.

Quanto ao resultado, a questão em pauta é: como é que 2/3 dos pastores de São Paulo isolam, só porque são mulheres, 22 pastoras que trabalham, como eles, nas igrejas? Que foram chamadas por Deus como eles? Como é que esses 2/3 de pastores darão contas a Deus de atrapalhar, ou não facilitar, o ministério das pastoras? É muito preconceito com capa de religiosidade. 

Que o Senhor aplaine o caminho das pastoras, lhes dê a sua graça, que elas fiquem firmes e que, brevemente, essa decisão desfavorável possa ser revista. São elas: 

1. Pra. Amélia de Matos, PIB de Jales, SP;
2. Pra. Ana Paula Dorneles da Silva, PIB de Jales, SP;
3. Pra. Andreia Oliveira Marques dos Santos, IB Manancial de Caieiras – SP.
4. Pra. Clarice Gertrudes Gomes, PIB de Jales, SP
5. Pra. Claudia, IB Manaim, Osasco, SP;
6. Pra. Elisabeth D. Martins, IB Boas Novas, Dracena, SP;
7. Pra. Erica Prudente, Santo André, SP;
8. Pra. Leila Apse Paes, PIB São José dos Campos, SP;
9. Pra. Luciana Aparecida da Silva, PIB de Ilha Solteira, SP;
10. Pra. Mabel Garcia, IB Parada XV de Novembro, São Paulo, SP;
11. Pra. Maria Elena Oliveira Primo, IB Vida Nova, Santo André, SP;
12. Pra. Mirian Sunhog, IB Metropolitana, SP;
13. Pra. Nanci Fiusa de Toledo Broglio, IB Jd do Estádio, Santo André, SP
14. Pra. Neusa, IB Manaim, Osasco, SP;
15. Pra. Rachel de Oliveira Ayres, IB Jd. Silvia Maria, São Paulo, SP;
16. Pra. Roberta Bember Grisante, IB Jd. do Estádio, Santo André, SP;
17. Pra. Rosângela Moreira Lima da Silva, PIB de Marília, SP;
18. Pra. Rute Queiroz, PIB de Santo André, SP;
19. Pra. Sarah Conovalov Cabral, IBC de Santo André, SP;
20. Pra. Silvana A. Albuquerque, PIB de Santo André, SP(Indonésia e Timor Leste);
21. Pra. Tânia Muniz Santana, PIB Pq Novo Mundo, São Paulo, SP;
22. Pra. Viviam Siqueira Ribeiro, PIB São José dos Campos, SP.


Muitos pastores ainda acham que as pastoras não existem. Muitas seções agem como se as pastoras não existissem. Eles acham que por serem contra e votarem contra a filiação, as pastoras desaparecerão.E acham que sou provocadora por insistir que as pastoras sejam respeitadas e inseridas no contexto denominacional.


As pastoras existem. Têm nomes e sobrenomes. E igrejas. E famílias. E ministérios. 
E não desaparecerão porque um grupo insiste em votar contra. Elas serão vistas nas igrejas, nas reuniões de convenções, reuniões das ordens, nos casamentos que forem oficializar, nas igrejas que forem pregar, nos projetos convencionais, nas faculdades de teologias, ombro a ombro com as pastores homens. Não tem volta. Não tem retorno.


É uma questão de tempo todas serem filiadas na OPBB que 
é um órgão auxiliar e deveria se submeter às decisões da CBB, sendo coerente com essas decisões. As decisões da CBB são maiores porque representam igrejas, lideranças e pastores e não só pastores.


A CBB reconheceu em 1999, em Serra Negra, SP, que a questão do pastorado feminino é uma decisão da igreja. As igrejas são maiores que a CBB e OPBB, mas a OPBB, ou uma parte dela, quer ser maior que as igrejas.

Há muitos pastores que pensam a OPBB, ou essa outra Ordem que surgiu fruto da vaidade de alguns, como maior que a CBB, por ser uma reunião do “clero” batista. Absurdo!

É preciso ajustar a filosofia dos órgãos auxiliares, que já foi repensada na nova estrutura da CBB. A Ordem também presta relatório nas Câmaras. Resistiu, mas teve que prestar relatório, inclusive financeiro. Então, é um órgão auxiliar e não independente ou autônomo. É preciso que cada entidade se perceba como realmente é. E seja coerente com a CBB.

Ninguém é superior às igrejas e nem à CBB. Só Deus, que chama homens e mulheres para o ministério pastoral.

Um comentário:

  1. Pelas informações que recebi, apenas 54% de votantes, de 44% das seções que apresentaram relatório, são contrários à consagração. Sendo assim, matematicamente é possivel pensar que a maioria pode até ser favorável.

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