(Texto do Pr. Irland no Grupo de Debates Nós Batistas, em 27 de dezembro de 2014)
Pr. Irland Pereira de Azevedo |
"(...) Estou convencido de que Deus é livre e soberano para chamar e
usar quem Ele quiser, desde que tenha as credenciais e evidências de uma divina
chamada. Chega a ser escandaloso que o primeiro mensageiro humano da
ressurreição tenha sido uma mulher, enviada por Cristo ressurreto aos
discípulos, dizendo-lhes que iria adiante deles para a Galileia. E sua palavra
mereceu fé!
Nos capítulos 12 e 14 de 1 Coríntios, Paulo não diz que o
Espírito Santo só distribui dons a pessoas do sexo masculino. Ele os concede a
quem quer, para o que for útil.
E como os dons de profecia, do ensino, do discernimento
espiritual, do serviço e outros têm sido concedidos a mulheres de Deus, e
por elas utilizados no campo missionário, tanto no Brasil com fora dele
(nos campos de missões mundiais)! Quê seria da obra missionária, realizada
pelos batistas brasileiros, sem o concurso de mulheres fiéis e consagradas ao
Senhor?
Conquanto respeite a posição dos que são contrários à recepção
de mulheres pastoras no seio da OPBB, e, por conseguinte, contrários à
consagração formal de mulheres ao ministério cristão, e não os agrida ou
censure, pois cada um de nós prestará contas a Deus por atos, atitude e até
palavras ociosas que saírem de nossa boca ou forem digitadas em nosso
computador, essa é minha postura.
O que a CBB entendeu é que a competência para consagrar ao
Ministério, homens ou mulheres, é da igreja local. Entretanto, a OPBB pode
receber ou não em seu grêmio as mulheres formalmente separadas para o
ministério cristão.
No livro publicado por ocasião de meu 70º aniversário, como um
“Festschrift” (obra comemorativa), sobre PAULO E SUA TEOLOGIA, dois capítulos
são dedicados ao tema “Paulo e a Mulher”. Neles, as duas posições hoje em
debate lá aparecem explicitas, com rigor de exegese bíblica, para que os
leitores leiam e tomem sua posição.
Tenho-me entristecido em verificar a falta de respeito e de amor
de uns aos outros, entre parte considerável dos debatedores, partindo alguns
para a ofensa pessoal (...).
Quer os colegas pensem como eu, ou contrários às minhas teses,
garanto que amarei e respeitarei a todos! Aliás, oro toda semana por mais de
360 pastores e registro os nomes deles em meu Livro de Oração! É preciso,
amados colegas, que concordemos em discordar cordialmente!".
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