Falar em justiça com as pastoras é algo que mexe profundamente com as emoções e muitas vezes leva à extremos, tanto de um lado como de outro. A exaltação de ânimo que as vezes percebo em mim mesma e em outras pastoras justifica-se porque tudo para as mulheres chamadas por Deus para o ministério pastoral é difícil. É tirar leite de pedra, é conviver com chacotas a vida toda, é encontrar resistência em todas as instâncias, desde a igreja local até os mais altos níveis denominacionais, é não ter o reconhecimento devido do trabalho, é não ter mobilidade no ministério, como receber convite de outras igrejas, por exemplo.
Vivemos ainda um estágio, infelizmente, em que a pastora o é daquela igreja que a ordenou e pronto. O reconhecimento de outras igrejas, principalmente por causa da recusa da OPBB em filiar todas as pastoras, é um problema sério para o ministério pastoral feminino.
Vivemos ainda um estágio, infelizmente, em que a pastora o é daquela igreja que a ordenou e pronto. O reconhecimento de outras igrejas, principalmente por causa da recusa da OPBB em filiar todas as pastoras, é um problema sério para o ministério pastoral feminino.
Do lado da OPBB, também com exaltação de ânimos, ainda que camuflados em manobras políticas, a principal reação é fazer de conta que as pastoras não existem e criar os mais variados problemas para o acesso das pastoras às informações. Não deveria ser da OPBB, já que ela tem o nome das pastoras filiadas antes de 2007, a iniciativa do contato com as pastoras, a isenção do valor das anuidades dos anos em que a filiação foi suspensa, isto é, 2007, 2008 e 2009? Não deveria essa filiação ser automática? Por que a estrutura administrativa da OPBB muitas vezes torna tudo tão difícil?
Um outro assunto preocupante é quanto ao futuro das pastoras ordenadas até aqui. A proibição da OPBB criou algumas anomalias no processo de ordenação das pastoras. Vejamos:
- temos pastoras ordenadas e reconhecidas por suas secções até 2007 e agora filiadas à OPBB “nacional”
- temos pastoras ordenadas antes de 2007, não reconhecidas por suas secções e não aceitas pela Ordem
- temos pastoras ordenadas e reconhecidas por suas secções depois de 2007 e que não podem ser filiadas à Ordem nacional
- temos pastoras ordenadas por suas igrejas, que não passaram por concílios “denominacionais”, com todos os pré-requisitos para isso, devido à forte oposição local, antes e depois de 2007.
- temos pastoras batistas ordenadas por outras denominações e que agora atuando em igrejas batistas não têm como, ainda, ter a sua filiação na OPBB.
- temos mulheres que atuam como pastoras, com todas as responsabilidades, mas sem a ordenação, quer pela igreja local ou denominação.
Então, temos um quadro variado de mulheres hoje no ministério pastoral. Por esse motivo, na minha visão:
Foi assim que a igreja Holiness, a igreja evangélica japonesa do Brasil, resolveu o problema das pastoras que foram ordenadas antes de serem aceitas na entidade que agrega os seus pastores e é assim que esperamos que seja entre os batistas da CBB.
E que a justiça venha logo!
(Blog da Pastora Zenilda)
(Blog da Pastora Zenilda)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO problema é que a questão da justiça só será considerada como tal se a opbb "aceitar" pastoras.
ResponderExcluirPor isto que blogs como este incentivam as mulheres a se rebelarem, lutarem pelos "seus direitos", fazer uma revolução feminista...
É triste ver pessoas agirem de má fé. O que vocês, pastoras e os que apoiam, tentam fazer é uma ditadura feministas, semelhante a lutas dos homossexuais, onde quem é contrário é que está errado, deve ser visto como criminoso ou doente.
Impor estas ordenações, ou fazê-las com o intuíto de forçar a CBB e a OPBB a aceitá-la, irá só colaborar para dor, frustração, revolta e divisão do povo que se diz parte do reino de Deus.
Oro para que Deus nos oriente.
A Paz Do Senhor.
ResponderExcluirPor este motivo sai da Igreja Batista.
Nada contra as mulheres: Nasci de uma, casei-me com outra, tenho uma filha, etc.
No mundo secular há igualdade de cargos, funções, etc.
Vemos e aplaudimos as diversas conquistas obtidas pelas mulheres.
Todavia, no ambito espiritual, biblico, a função pastoral é exclusiva do homem.
Não há como enquadrar as mulheres em 1 Tm 3:2, bem como em outros versiculos que estabelecem e regulam o ato de pastorear.
Textos imparciais e esclarecedores como o do Pr. Ciro são execrados, veja o link abaixo:
http://cirozibordi.blogspot.com/2008/05/o-que-bblia-diz-ou-no-diz-sobre-o.html
Infelismente a Igreja (inclusive a Batista) está cada vez mais se assemelhando ao mundo, distanciando-se dos mais básicos preceitos e principios biblicos.
Trata-se do Evangelho de conveniência.
Aqueles versiculos que não nos agradam, justificamos como:
* vale somente para o Antigo Testamento;
* agora estamos na época da graça;
* vale só para Israel, não para a Igreja;
* vale somente para os tempos biblicos;
Existem inumeras outras justificativas que os Phd's, Doutores em teologia, conferencistas internacionais elaboram para adequar o texto biblico à sua tese.
Hoje, se inventa apostola, bispa, pastora e uma infinidade de aberração, um punhado de novidade, modismos que deixam a igreja cada vez mais superficial.
Como disse o irmão Leonardo, oro para que Deus nos oriente e tenha misericórdia.