Pr. David Botelho
Missão Horizontes
"O Senhor tem levantado um exército de evangelistas e pastoras nos lugares mais difíceis da terra, como China e Irã onde há perseguição religiosa. Por causa do ministério pastoral algumas delas são encarceradas.
Estivemos em Londres, no lançamento da Bíblia farsi e conversei com duas pastoras iranianas que estiveram 38 dias presas, sendo que dois terços desse tempo foi na solitária. Cada uma delas pastoreia seis igrejas (células da igreja subterrânea) e ainda bem que elas não tem ninguém, ou fariseus modernos, para lhes dizer que isso e anti-bíblico.
Louvamos a Deus pela JMM que vai municiar com 200 mil Bíblias para serem mandadas para o Irã.
Os estudiosos dizem que as igrejas na China e Irã são as que mais crescem, cremos que eles não desprezam o ministério feminino e nem os jovens, de ambos os sexos.
O que nos impressiona é ver que num passado bem recente muitos teólogos, pastores e lideres religiosos defenderam ferrenhamente a escravidão dos negros e se baseavam na Bíblia e usaram até o exemplo paulino e o mesmo fazem agora impedindo mulheres de exercerem o ministério.
Nesta viagem vimos muitos jovens britânicos aderindo ao islã e nos assustamos de saber que 3.000 europeus foram lutar a favor do Estado Islâmico no Iraque e Síria, degolando crianças, idosos e cristãos em geral, buscando fazer uma limpeza étnica, então pensamos que já e hora de deixarmos os rudimentos e ver, urgentemente, a evangelização dos povos não alcançados que precisam do amor de Jesus.
Ainda bem que dois terços da força missionária transcultural nos lugares mais difíceis da terra são de mulheres valentes, pois muitos homens estão dizendo:
- Eis me aqui, envia minha irma.
Não podemos agir como fariseus que impediram alguns de chegarem a Jesus. Como seria lindo apoiar as que desejam o episcopado e apoiar a pra Zenilda nesta tarefa árdua de cuidar do rebanho do Senhor. Temos visto belos exemplos de mulheres levando a mensagem salvífica e pastoreando em lugares que muitos homens não tem coragem de ir.
Alguns usam o exemplo de um teólogo presbiteriano e fomos ouvir a mensagem dele e nos surpreendemos quando ele disse que acredita no ministério feminino, mas não aceita dar o titulo. Que absurdo, pois a função é mais importante do que o titulo, pois muitos têm titulo e não tem a função!
O exemplo mais claro é dos diáconos Felipe e Estevão que foram escolhidos para a administração dos bens, mas foram exercer o lindo ministério de evangelistas e como resultado da omissão, 26 anos depois, a igreja da Judeia estava passando fome e que levou o apóstolo Paulo a fazer uma campanha para minorar tal sofrimento.
Reconhecemos e vemos que alguns pastores, em nossos dias, ainda tem esposas escravas em casa. Vemos pastores que não ajudam em nada nos afazeres domésticos, e até mesmo que algumas trabalhem fora, não deixam suas esposas estudarem e até dirigirem carros. Esses até se revoltam quando veem mulheres desenvolvendo uma liderança linda.
Participamos com o Dr. Luis Bush, coordenador do movimento AD 2000 e Alem, numa pesquisa internacional em mais de 70 países e foi descoberto alguns pontos que tem impedido o evangelho avançar mais rápido. Vamos citar dois deles:
1. Falta de lideres jovens no ministério. Ele nos convidou para investir em 50 jovens brasileiros com potencial de liderança. Temos desenvolvido o projeto Revolution Teen, nove anos de treinamento, onde recebemos adolescentes que terminam o ensino fundamental. Consiste de um ano no Brasil, outro em língua hispânica, língua inglesa e conclusão do segundo grau em uma escola americana na Asia. Ao final tem uma formação bíblica, missiológica, intercultural, espanhol, inglês, língua asiática e graduação universitária na Ásia. Oriundos do projeto, hoje, alguns deles estão em tribos indígenas no Brasil e na Ásia atuando na tradução bíblica.
2. A outra área e a de liderança feminina nas organizações missionárias mundiais. Vemos que no Brasil ha várias mulheres na liderança de organizações missionárias de treinamento e envio. Mesmo que dois terços da força missionária no mundo seja de mulheres, ainda é pequeno o numero de mulheres na liderança de missões. Imagine que até a liderança de uma organização parceira, na década passada, nos questionou por que apoiamos muitas mulheres na liderança".
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