BLOG DA PASTORA ZENILDA


Pra. Zenilda Reggiani Cintra
As opiniões deste blog refletem a minha visão e não, necessariamente, a de outras pastoras da CBB.
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domingo, 11 de janeiro de 2009

A INSERÇÃO DE PASTORAS NO CONTEXTO DENOMINACIONAL

*Pr. Fernando Cintra
"Eis-me aqui, Senhor, quero servi-lo como pastora!". Vindo de lábios femininos em nossa Convenção é algo possível e real. Já era tempo!
Agora é preciso caminhar. A inserção das pastoras em nosso contexto deve cumprir etapas importantes para que elas exerçam sua liderança em todos os âmbitos eclesiásticos e tenham garantias de um futuro promissor. Sendo assim:
1. É necessário o reconhecimento, a inclusão como participantes na OPBB e em todas as secções e subsecções. Não basta apenas o aceite por algumas, como já se tem, mas é preciso integralidade. Alguns podem pensar: elas que façam a sua própria ordem ou associação. É claro que sempre poderá acontecer diante de uma recusa da Ordem, mas isso só demonstraria uma luta desnecessária e a falta de busca por uma parceria sadia entre homens e mulheres que desejam a mesma coisa: serem instrumentos de Deus no cuidado do rebanho. Outro fato é que a OPBB tem vasta experiência ao longo dos anos em lidar com processos pastorais e isto, sem dúvida, seria de grande ajuda neste primeiro momento em que as mulheres estão se inserindo no contexto pastoral;
2. Ë necessário que, a começar de nossas principais escolas de ensino teológico, haja nos currículos espaços interdisciplinares sobre questões de gênero, objetivando a formação intelectual não discriminatória e hermeneuticamente correta. Para isso devem buscar pastores e pastoras, professores(as) que insiram nas disciplinas as diversas visões a respeito do ministério ordenado de mulheres , além de ajudar cada mulher –aluna a encontrar caminhos junto às igrejas na área pastoral através de recomendações, estágios supervisionados, projetos e etc.;
3. A urgência na revisão de nossa literatura produzida e documentos para que se tenha uma linguagem inclusiva onde o ser pastor inclua o feminino;
4. A criação de textos sobre o ministério pastoral nas principais mídias de nossa denominação buscando não a sua legitimação, porque isso já não se faz necessário, mas a abertura junto às igrejas para que realmente estas saibam que a denominação aceita mulheres no pastorado e que as igrejas podem, no processo de sucessão pastoral, aceitar mulheres.
É bom saber que o melhor ainda está por vir e creio que, no que concerne a ministros e ministras de Deus, no cuidado pastoral, a obra será concluída, sem rupturas denominacionais, mas pela unidade que constrói vidas e uma denominação abençoada.

*pastor da IBAC, Igreja Batista Curuçá, Santo André (http://fernandocintra.blogspot.com/)

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