BLOG DA PASTORA ZENILDA


Pra. Zenilda Reggiani Cintra
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segunda-feira, 27 de julho de 2009

JIMMY CARTER, KOFI ANNAN E OUTROS EX-PRESIDENTES CRITICAM PESADAMENTE AS IGREJAS CRISTÃS POR NÃO ORDENAREM MULHERES

Um grupo de doze ex-líderes mundiais convocados pelo bilionário Richard Branson e Nelson Mandela, que se referem a si mesmos como “os Anciões”, atacou a Igreja Católica, a Convenção Batista do Sul dos EUA e todas as outras igrejas que se recusam a permitir que mulheres se tornem pastoras, padres ou bispas.
Na campanha dos meios de comunicação em favor dessa iniciativa, o ex-presidente americano Jimmy Carter comenta que ele abandonou os batistas do Sul porque as mulheres são “proibidas de trabalhar como diaconisas, pastoras ou capelãs no serviço militar”. “Cremos que a justificação de discriminação contra as mulheres e meninas na base da religião ou tradição, como se tivessem sido prescritas por uma Autoridade Mais Elevada, é inaceitável”, diz uma declaração escrita pelos Anciões. O grupo se descreve como “um grupo independente de eminentes líderes globais” que trabalham juntos para promover a paz e os “interesses comuns da humanidade”, e para lutar contra o sofrimento humano. Além de Mandela e Carter, “os Anciões” incluem o ex-secretário geral da ONU Kofi Annan; a ex-primeira ministra irlandesa e alta comissária de direitos humanos da ONU, Mary Robinson; o arcebispo anglicano Desmond Tutu, que é o presidente do grupo; a ex-primeira ministra da Noruega, Gro Brundtland; e o ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso, e outros. “De forma especial, exortamos os líderes religiosos e tradicionais a darem um exemplo e mudarem todas as práticas discriminatórias dentro de suas próprias religiões e tradições”, diz a nota divulgada.
Carter é o que mais tem tratado desse assunto. Escrevendo numa coluna no jornal inglês Observer, a qual já foi reproduzida em outras publicações, Carter afirma: “Durante os anos da igreja primitiva as mulheres atuavam como diaconisas, padres, bispas, apóstolas, mestras e profetisas. Só foi a partir do quarto século que líderes cristãos dominantes, todos homens, torceram e distorceram as Sagradas Escrituras para perpetuarem suas posições de autoridade dentro da hierarquia religiosa”. Carter classifica a recusa de ordenar mulheres ao sacerdócio como abuso contra as mulheres, dizendo que a decisão de restringir o ministério aos homens “fornece a base ou justificação para boa parte da geral perseguição e abuso contra as mulheres no mundo inteiro”.
Mas as afirmações de Carter são “ridículas”, diz John Paul Meenan, professor de teologia na Academia Our Lady Seat of Wisdom em Barry’s Bay, Ontário, Canadá. Perguntado acerca da afirmação de Carter de que mulheres eram ordenadas na igreja primitiva, Meenan disse para NPF: “Não há absolutamente nenhuma evidência disso”, acrescentando que não há também evidência de que em algum ponto a Igreja decidiu “não permitir” mulheres no clero, como afirma Carter. “Portanto, Jimmy Carter precisa apresentar evidência de que havia mulheres bispas, padres e diaconisas na igreja primitiva, e posso lhe dizer que isso nunca vai acontecer, pois não há evidência”. “O que vemos nas Escrituras é que Cristo ordenou apenas homens ao sacerdócio, os Apóstolos. E mesmo nos livros escritos depois do Evangelho… principalmente os de São Paulo, mas os outros livros, a evidência esmagadora das Escrituras é que só homens eram sacerdotes. Nunca houve nenhuma evidência de que mulheres eram sacerdotes ou diaconisas, muito menos bispas. Isso é simplesmente ridículo”.
Muitos dos “Anciões” falam contra o que eles consideram discriminação religiosa contra as mulheres em vídeos produzidos para a campanha. O ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso diz em seu vídeo, “a idéia de que Deus está por trás da discriminação é inaceitável”. Além disso, Mary Robinson descreve o que ela percebe pode ser o efeito da religião e tradição na vida das mulheres. “Elas são submissas”, diz ela. “Para serem aprovadas por Deus elas têm de aceitar o papel delas”. No entanto, Meenan contesta a noção de que um sacerdócio masculino “discrimina” contra as mulheres. “Não há nada de discriminatório acerca de [Deus escolhendo homens para atuarem como sacerdotes]”, disse ele. De acordo com a Igreja, “O sacerdócio é tipo de uma analogia sobrenatural da distinção homem/mulher. Isso não é discriminatório. É apenas uma distinção natural e sobrenatural, mostrando o que significa ser homem e mulher”. Meenan explicou que a Igreja vê o sacerdócio como “uma continuação da obra da encarnação de Cristo em Sua humanidade” e “já que Cristo veio como homem continuamos o sacerdócio na linhagem masculina”. A Igreja Católica Romana tem sido um dos mais firmes e declarados defensores do sacerdócio masculino, mas a Igreja também sustenta que seu ensino de fato promove a dignidade das mulheres, em que a Igreja está passando adiante a tradição religiosa que Cristo entregou. De acordo com o professor Meenan, o Cristianismo tem de receber o crédito por promover a dignidade das mulheres. “É a Igreja que invariavelmente melhorou a sorte das mulheres nas terras que se convertiam e se tornavam cristãs”, disse ele. “As desordens que se infiltraram (a subjugação das mulheres, etc.) eram apenas isso: desordens, e nunca eram parte do ensino da Igreja”. O falecido Papa João Paulo 2 confirmou o ensino da Igreja acerca da ordenação masculina, mas ao fazer isso ele também se tornou defensor do que ele chamava a verdadeira plenitude da dignidade das mulheres. Em sua carta apostólica de 1994 Ordinatio Sacerdotalis acerca do sacerdócio masculino, o falecido Santo Padre João Paulo 2 declarou que “a Igreja não tem absolutamente nenhuma autoridade para conferir ordenação sacerdotal às mulheres”, porque essa tradição foi dada pelo próprio Cristo. Ao limitar o sacerdócio aos homens, ele escreveu, Cristo “exerceu a mesma liberdade com a qual, em toda a sua conduta, ele frisou a dignidade e a vocação das mulheres, sem se sujeitar aos costumes da moda e às tradições sancionadas pelas leis da época”. “A presença e o papel das mulheres na vida e missão da Igreja”, escreve ele, “embora não ligados ao sacerdócio ministerial, permanecem absolutamente necessários e insubstituíveis”. Veja o artigo de Carter: The words of God do not justify cruelty to women. Veja a cobertura relacionada de LifeSiteNews.com:
John-Henry Westen & Patrick B. Craine, 21 de julho de
2009. (http://noticiasProFamilia.blogspot.com)

3 comentários:

  1. Graça e Paz seja sobre tua vida, parabéns pelo blog, pela coragem e determinação. Eu Creio muito no ministerio pastoral de mulheres e naturalmente deparo com muitas mulheres exercendo com muito garra, sou grande adimirador dos batista, e do ministerio da Pastor Joyce Meyer que é uma grande exemplo para todas as mulheres. Um grande abraço e uma otima semana.

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  2. O não reconhecimento das mulheres como pastoras é uma injustiça que a Igreja Batista tem tentado refrear. Mas a que custo! Agora a OPBB pretende calá-las. Isto é injusto, ilegal, antibíblico e antibatista.

    O Senhor vos abençoe, mulheres valorosas.

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  3. A graça e a paz do nosso Senhor Jesus Cristo, sou estudante de Telogia pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo, sou a fovor do ministério pastoral feminino em gênero, número e grau. Vejo um absurdo e um machismo predminante da OPBB em não dar este reconhecimento ministerial a vocês ao qual diante mão Deus ja concedeu pois, Ele mesmo não faz acepção de pessoas, como é que nós sendo crentes em Jesus, não imitamos em tudo o que Ele nos ortogou, chega de excluão e vamos ser igreja de verdade, que prega e viva o verdadeiro evangelho. A vocês pastoras que Deus abençõe os seus ministérios. Pastor seminarista José Carlos de Jesus Santos

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