II ENCONTRO NACIONAL DE PASTORAS BATISTAS - NITERÓI, 2011

Pastoras e candidatas ao ministério pastoral presentes ao II Encontro

• O II Encontro Nacional de Pastoras Batistas foi realizado no Colégio ao lado do Ginásio Caio Martins, no domingo, 23 de janeiro de 2011, começando às 14h30 e terminando por volta das 18h.
• Tivemos a presença de 25 pessoas, entre elas sete pastoras ordenadas e cinco candidatas ao ministério pastoral.
• O Encontro foi dirigido pelas pastoras Zenilda Reggiani Cintra, SP,  e Silvia da Silva Nogueira, RJ.
• A moderação do Encontro no painel foi da irmã Nancy Dusilek, atual 1a. Vice-Presidente da Convenção Batista Brasileira.
• No Encontro houve oportunidade para que as pastoras Silvia e Zenilda expusessem o seu posicionamento a respeito de como encaminhar a questão das pastoras junto à OPBB e foi aberta a oportunidade para perguntas e esclarecimentos. No final, o Encontro resolveu que vamos trabalhar para que todas as pastoras que queiram tenham a prerrogativa de filiarem-se à OPBB.
• O Encontro posicionou-se contra a criação da Ordem das Pastoras Batistas do Brasil. Achamos que a criação de uma instituição feminina é discriminatória. A Associação dos Músicos, dos Educadores, dos Diáconos têm homens e mulheres. A OPBB é o órgão que reune as pessoas que trabalham com as igrejas no ministério pastoral. Quando ela foi organizada, só tinha homens e agora tem mulheres também. Então são novos tempos e vamos continuar trabalhando para que as pastoras ingressem na OPBB. Afinal, servimos às mesmas igrejas.
• Ouvimos o depoimento de várias pastoras e suas trajetórias e a que mais nos impactou foi a palavra da Pra. Linda Rosana, de Carlos Chagas, MG. Ela foi ordenada em julho de 2010. Na ocasião, a igreja convocou os pastores da região para o Concílio, que prometeram estar. A igreja se preparou com café da manhã, almoço e janta para receber os pastores e suas famílias, que viriam de várias cidades ao redor. Mas eles foram coagidos pelo secretário executivo com a ameaça que, se fossem, seriam convocados pela comissão de ética. A maioria deles depende financeiramente da Convenção Mineira e acharam melhor nao se arriscarem.
• O secretário executivo de Minas Gerais usou de má fé (ou ele não é bem informado ou a OPBB diz que decidiu uma coisa e decidiu outra e esconde a abrangência da decisão). A decisão da Ordem, arbitrária e ditatorial, é que as seções da Ordem nao poderão promover a ordenação de pastoras. Mas se uma igreja promover, como é o correto, e convidar os pastores que tenham a inscrição da Ordem, eles têm a liberdade de estarem presentes, como indivíduos. Então, a coação se baseou em argumentos mentirosos (ou equivocados por falta de esclarecimentos às secções da Ordem).
• É essa a realidade em vários locais no Brasil. Os pastores são pressionados e ameaçados. Mas não há, e nem poderia haver, nenhuma decisão da OPBB que proibe os pastores de participarem de concílio de pastoras. O atual presidente da OPBB, Pr. Éber Silva, tem uma pastora em sua igreja.
• O Grupo de Trabalho para o III Encontro Nacional de Pastoras Batistas, a ser realizado em Foz do Iguaçu, em janeiro de 2012, ficou assim constituido: Pras. Zenilda Reggiani Cintra e Silvia da Silva Nogueira, coordenadoras, com as pastoras Terezinha Meirelles, Liane Nepomuceno, Linda Rosana, Izete Pauer Collares, Érica Prudente e Raquel Viterbo Farias. Somente a Pra. Terezinha não estava presente ao Encontro, mas foi colocada porque pertence à Convenção Paranaense que hospedará a próxima assembléia da CBB.
• A impressão geral que tivemos do Encontro é que há boa vontade das pastoras para um diálogo com a OPBB. O momento do confronto precisa ser deixado para trás e começarmos um tempo de diálogo e respeito.

E-MAIL DO SECRETÁRIO EXECUTIVO DA CBB-MG"Em 28 de janeiro de 2011 16:42, Pr rene escreveu: Precisamos estabelecer a verdade: Eu, Pr. Rene, sou o Diretor Executivo da CBM e da OPBB/MG. Desafio a qualquer pessoa, inclusive a irmã Linda, a provar que coagi alguém para não ir ao Concilio. Pelo contrario: Sugeri que todos fossem. Se eu não estivesse a 600 km de distância teria ido. Iria para votar contra. A Ordem de Minas já decidiu que não aceitará em seu rol pastoras. Outra inverdade é dizer que os pastores daquela região dependem de ajuda da Convençao.Só dois pastores da região Nordeste, onde esta CarlosChagas, recebem ajuda da Convençao e eu jamais cometeria a indignidade de usar este tipo de pressão. As irmãs não precisam de usar inverdades para alcançar seus objetivos."


Obs.: A Ordem de Minas não tem mais autonomia para decidir se recebe pastoras ou não. A decisão é da OPBB "nacional", reunida em Assembléia que sempre antecede as assembléias anuais da CBB. A Pra. Linda Rosana escreveu: “Conversando com o Pr. Renê, secretário da Convenção Mineira ele me disse que ...os pastores envolvidos em ordenação de mulheres estarão sob disciplina com a comissão de ética”