BLOG DA PASTORA ZENILDA


Pra. Zenilda Reggiani Cintra
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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Batistas do Estado da Georgia cortam laços com igreja liderada por pastora

Recebi essa notícia, do Pr. Sylvio Macri, que também traduziu o texto, a respeito de uma igreja liderada por pastora nos EUA. Ao mesmo tempo que tenho uma grande alegria esse mês de constatar que chegamos a 96 pastoras na CBB, tenho que registrar esse grande retrocesso nos EUA. É pena que muitos se espelhem na Convenção do Sul e não nas Escrituras, se não há muito tempo já teríamos as pastoras reconhecidas pela OPBB.

Por Bob Allen, Baptists Today (trad. Pr. Sylvio Macri)

Segunda Feira, 16 de novembro de 2009

DECATUR, Ga. (ABP) -- A Convenção Batista da Geórgia pôs fim a uma relação de 148 anos com a Primeira Igreja Batista de Decatur, em virtude de sua decisão, em 2007, de ter uma mulher como pastora titular.
A pastora Julie Pennington-Russell leu, no final de ambos os cultos do domingo dia 15/11/09, uma carta de Robert White, diretor executivo da convenção estadual de 1.3 milhões de membros, a qual informava à igreja que os mensageiros reunidos na recente assembléia anual, tomaram a decisão de declará-la como "igreja não cooperante" porque "uma mulher está servindo-a como pastora titular."
White disse que as contribuições financeiras recebidas da Primeira Igreja Batista de Decatur durante o ano de 2009 serão devolvidas.
"Obviamente o rompimento de relações após tantos anos é uma infelicidade e mostra abertamente mais uma razão para concluir que os Batistas cuidam mais de separar as pessoas do que de ajuntá-las.", disse Pennington-Russell em um e-mail de 16/11/09. "Ao mesmo tempo, penso que isso não surpreendeu muita gente em nossa congregação, e para ser honesta, ter uma filiação com os Batistas do Sul não tem sido especialmente valioso quando isso é considerado em conexão com a grande comunidade de pessoas sem igreja em nossa região."
No último ano, a Convenção Batista da Geórgia, uma das maiores e mais antigas convenções estaduais filiadas aos Batistas do Sul, alterou suas disposições a fim de não receber contribuições financeiras enviadas por igrejas que "não estejam em cooperação e harmonia com o trabalho e o propósito aprovados" pela convenção. Os líderes que recomendaram a mudança disseram que a mesma era "resultado das questões levantadas em relação à Primeira Igreja Batista de Decatur, que tinha uma mulher como pastora titular."
A Convenção Batista do Sul alterou, em 2000, a sua declaração doutrinária, denominada Baptist Faith & Message (Mensagem e Fé Batistas) para afirmar que "Ainda que tanto homens como mulheres sejam dotados para o trabalho na igreja, o ofício de pastor é limitado aos homens como qualificados pelas Escrituras."
Com a nova medida, não só a Convenção Batista da Geórgia recusar-se-á a receber contribuições financeiras da Primeira Igreja Batista de Decatur, como esta tornou-se inelegível para receber os recursos e serviços oferecidos pela convenção, que reúne 3.300 igrejas.
A organização Baptist Women in Ministry (Mulheres batistas no Ministério), um grupo de defesa e apoio fundado em 1983, estimou que há mais de 2.000 mulheres ordenadas ministrando em igrejas pertencentes à herança dos Batistas do Sul. Cerca de 120 foram identificadas como pastoras titulares, a maior parte das quais em igrejas que agora se identificam com grupos mais recentes como a Comunhão Cooperativa Batista e a Aliança dos Batistas. A grande maioria serve em outras funções que não a de pastoras, como, por exemplo, assessoras eclesiásticas, capelãs e missionárias. Milhares de outras ministram sem serem ordenadas.
Com 2.700 membros, a Primeira Igreja Batista de Decatur, uma das várias congregações históricas na região metropolitana de Atlanta, é uma das maiores e mais proeminentes igrejas tradicionalmente filiadas à Convenção Batista do Sul a ser liderada por uma pastora.
Em 2007, uma Comissão de Indicação levou em conta 64 candidatos antes de recomendar por unanimidade Pennington-Russell, que era pastora da Igreja Batista do Calvário em Waco, Texas, há nove anos. Antes disso, Pennington-Russell, nascida na Flórida e graduada pelo Golden Gate Baptist Theological Seminary, tinha pastoreado a Igreja Batista da 19ª. Avenida, em São Francisco.
Ainda que seja filiada à Convenção Batista do Sul desde a sua fundação, na época da Guerra Civil, a Primeira Igreja Batista de Decatur tem se identificado, em anos recentes, preferencialmente com a Comunhão Cooperativa Batista, um grupo de antigos e atuais Batistas do Sul moderados, formado em 1991, que é mais aberto a mulheres no púlpito.
White, diretor executivo da convenção de 1,3 milhões de membros desde 1993, disse na carta a Pennington-Russell que "seria negligente se não reconhecesse, em nome da convenção, o quanto somos gratos pelos anos de parceria com a Primeira Igreja Batista de Decatur, em nosso serviço e ministério conjuntos."
"Você e a igreja estão em meus pensamentos e orações neste momento, para sejam impulsionados a continuarem seu ministério em nome do Senhor", escreveu White. "Nós reconhecemos e apreciamos a fidelidade da Primeira Igreja Batista de Decatur através dos anos."
Pennington-Russell disse aos membros da igreja: "Desejamos o bem aos nossos irmãos e irmãs da Convenção Batista da Geórgia, e caminharemos em direção aos bons propósitos de Deus para nós."
Ela disse à igreja que faltam apenas dois anos para o 150º. aniversário, e a congregação está planejando 150 maneiras  de "comunicar o amor de Cristo à nossa comunidade e ao mundo".


2 comentários:

  1. Lamentável a CBB também pensar assim, estamos deixando esse assunto sobre a mesa por muito tempo, acredito que a OPBB ganharia muito com a presença das irmãs. Mais o Ego masculino não está dando lugar ao Espírito.

    Se tu uma benção Pra. Zenilda!

    Em Cristo,
    --
    Pr. José Ricardo Matos
    pr.jricardo@gmail.com
    (21) 8386-0075 / 3661-8311
    http://prjricardo.blogspot.com/

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  2. é dificil opinar sobre essa questão sem ferir alguém. Sou partidário da exclusividade do ministério pastoral masculino, porém, sem radicalizar. Reconheço os grandes esforços de nossas valorosas irmãs nos campos missionário e tenho certeza da capacidade das mesmas. Não devemos deixar que, neste tempo de desafios, estas questões nos divida.

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