BLOG DA PASTORA ZENILDA


Pra. Zenilda Reggiani Cintra
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sábado, 12 de janeiro de 2013

OPBB CONTINUA APERTANDO O CERCO CONTRA AS PASTORAS

Passaram-se seis anos desde a votação da OPBB em Florianópolis, SC, contra a aceitação do ingresso das pastoras na Ordem e a situação continua praticamente a mesma. Escrevi dois textos neste tempo falando diretamente das ações da Ordem para dificultar a ordenação de mulheres.Foram eles:

Janeiro de 2010 - "Soube, por fonte segura, que a Ordem está implementando medidas para dificultar ainda mais a ordenação de mulheres ao ministério pastoral. Uma correspondência para pelo menos uma das secções proibe, terminantemente, a participação da OPBB em concílios.
Desde que começou a se estudar o ingresso de pastoras na Ordem ela tem, ao meu ver,ao invés de facilitar o diálogo, trazido mais entraves ao processo.
Uma das atitudes mais inconstitucionais, além da discriminação contra as mulheres, é agora negar o direito das pastoras que foram filiadas à Ordem antes de 2007 a renovarem a sua inscrição e a votarem nas assembléias da OPBB. Há uma tentativa até de impedir o acesso delas à Assembléia da Ordem.
Será que não há ninguem na diretoria e conselho da OPBB que se levante contra essa injustiça?
Até quando o secretário executivo e a diretoria da Ordem farão de conta que estão em diálogo, mas continuarão impedindo que as mulheres sejam ordenadas e aceitas na OPBB?"

Em outubro de 2010 o então presidente da Ordem entrou em contato comigo questionando o que havia escrito e então escrevi a nota a este texto:

"Este texto foi escrito em janeiro de 2010. De lá para cá a OPBB aceitou o reingresso das pastoras aceitas por suas secções antes de janeiro de 2007. Também o presidente deste ano, Pr. Lécio Dornas, tem prosseguido em um diálogo com as pastoras. Mesmo assim, a OPBB não revogou a orientação para que as secções não examinem candidatas e participem da consagração da mulheres. As pastoras ordenadas antes de 2007 e não aceitas por suas secções não podem ingressar na OPBB. A OPBB tem atualmente oito pastoras nos seus quadros. Então, a OPBB tem ou não tem pastoras? Aceita ou não aceita pastoras?" (comentário de 22outubro2010)

Estamos em janeiro de 2013 e, infelizmente, a situação não se alterou em nada. Várias pastoras tem realizado os seus concílios convocados por igrejas, mas fazendo convites individuais aos pastores uma vez que Ordem proibiu as secções de participarem de concílios de mulheres. Sai presidente e entra presidente na Ordem, mas ninguém está disposto a enfrentar o corporativismo que é tanto que, mesmo as igrejas não envolvendo as secções, quando é possível, as Ordens impedem os concílios. Tivemos um caso em Minas no ano passado e agora no Espírito Santo. As igrejas votaram o concílio, convidaram os pastores que prometeram estar, prepararam a hospedagem com café da manhã, almoço e tudo o mais e chegou na hora os pastores não compareceram deixando uma situação constrangedora para a igreja. No caso de Minas, a igreja ordenou a candidata como pastora local e no caso do Espírito Santo a igreja convocará novo Concílio. Alguns pastores dizem:por que a igreja não ordena? A resposta é que quando o concílio não é feito segundo as normas da OPBB questiona-se depois até os concílios porque pastores ficam rondando a igreja, colocando os membros contra a liderança e criando problemas para as pastoras.
Até quando isso vai continuar? Para os pastores a situação é muito cômoda. Como podem homens de Deus, que pregam contra a injustiça, ficar indiferentes a esta questão?
Os pastores criam todas as dificuldades possíveis para o concílio das pastoras. Até quando vamos conviver com isso?
Por que as pastoras ainda não são aceitas na OPBB?
Há pouco tempo, as pastoras da Convenção Fluminense tentaram entrar com pedido de aceitação na secção da OPBB daquela Convenção, mas foram impedidas. Realmente, pela blindagem da OPBB isso não é possível porque os líderes destes últimos anos cercaram de todas as formas os caminhos para aceitação das Pastoras. Então, elas só podem ser aceitas pela OPBB "nacional", reunida em Assembléia Anual, que este ano será em Aracaju, SE.
Quando tenta-se voltar novamente ao assunto, os líderes agem como se o assunto fosse como outro qualquer. É de exasperar! Esse deveria ser um assunto permanente na pauta, por iniciativa dos próprios pastores!
O adiamento desse assunto, com as desculpas mais aviltantes, cheira a política e corporativismo, que ofende o Reino de Deus e a sua justiça.

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